logo

Alto Araguaia sedia pela terceira vez encontro de Identificação Geográfica do Queijo Cabacinha


Por Ana Clara de Souza (Estagiária) | Asseco

531 Acessos

Alto Araguaia sedia pela terceira vez encontro de Identificação Geográfica do Queijo Cabacinha

Sediado pela terceira vez em Alto Araguaia (MT), encontro de Identificação Geográfica (IG) do Queijo Cabacinha reúne produtores e representantes de dez municípios, sindicatos, cooperativas e órgãos. Durante o encontro, os participantes traçaram metas, discutiram as etapas de viabilização do registro do queijo e apresentaram um plano de trabalho que inclui o histórico do produto na região.

Voltada aos produtores rurais, lideranças e sindicatos, o evento reuniu seis cidades do estado de Mato Grosso e quatro cidades goianas, entre elas Portelândia, Mineiros, Perolândia, Santa Rita do Araguaia (GO), Alto Garças, Alto Taquari, Alto Araguaia, Ponte Branca, Araguainha e Ribeirãozinho (MT). Participaram do encontro representantes do MAPA, EMATER, SEBRAE (MT/GO).

Dona Alda Fraga, produtora do queijo cabacinha fala da importância do selo e da indicação para os produtores da região e da qualidade da produção. “Eu produzo a mais de 25 anos o queijo, eu gosto muito de fazer e cada dia estamos melhorando. As reuniões para a identificação têm nos ajudado no aprendizado com as orientações dadas”, afirma a produtora.

O secretário de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Meio Ambiente de Alto Araguaia, João Dias de Freitas, relembra que já são 6 anos em busca do reconhecimento do IG.  “Sabemos que é um processo demorado em razão do tramite que precisa ser realizado, mas vamos ganhar essa luta. As reuniões têm sido bem produtivas, sem contar dos benefícios que o produtor e a cidade irão receber”, ressalta.

De acordo com o auditor fiscal do Ministério da Agricultura de Goiás, Rodrigo Batista, a principal razão da reunião é dar prosseguimento ao diagnóstico iniciado em Mineiros e Santa Rita do Araguaia. “Para a região, o título proporciona benefícios em relação ao desenvolvimento financeiro e social. Ainda, valoriza os produtores locais, gera emprego e agrega notoriedade ao patrimônio”. Rodrigo pontua ainda que a exposição pode ter resultados também em setores como turismo, sustentabilidade e preservação ao meio ambiente.

O PROCESSO DA INDICAÇÃO GEOGRÁFICA - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), desenvolve na região o processo para registro de Indicação Geográfica para produtos agrícolas que possuem notoriedade, tradição e qualidade. Em 2012 os técnicos do MAPA realizaram reunião no município de Mineiros (GO) e constaram que o queijo cabacinha possui destaque na região. A partir de então iniciaram ações para conhecer e identificar o potencial do queijo cabacinha.

A indicação garante aos consumidores que o produto possui qualidade e procedência, além de criar um diferencial ao queijo. Se registrado, o produto passa a ser reconhecido nacionalmente e assegura proteção jurídica em relação ao nome geográfico.